AUTORAS/ES: Celso Alexandre Sousa de Alvear, Cristiano Cordeiro Cruz, Mariana Silva e Aristides Paschoal
A Enactus é um programa voltado à formação de universitários para o empreendedorismo social relativamente bem difundido no Brasil. Por algumas de suas características principais – público majoritário da engenharia; atuação junto a grupos marginalizados; busca por se superarem mazelas socioambientais –, ela pode ser enquadrada como um tipo de engenharia engajada. Neste artigo, uma vez tendo apresentado a Enactus, buscaremos evidenciar onde ela se encontra no amplo espectro das engenharias engajadas, analisando-a criticamente com respeito a quatro aspectos principais: visão de tecnologia e engenharia que desposa; impacto pretendido com sua atuação; metodologias de intervenção; e visão de mundo. A partir dessas análises, sustentamos que, de forma geral, a atuação dos times Enactus está vinculada a algo que definimos como engenharia para o empreendedorismo social, caracterizada por uma visão de neutralidade da tecnologia, uma perspectiva liberal de inclusão por meio do mercado e metodologias que partem de uma perspectiva de transferência de conhecimento.
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